A geografia acidentada de muitas regiões onde ocorreram os assentamentos de imigrantes pomeranos, pode ser apontada como um dos fatores que ajudaram a manter o isolamento dos que aqui chegaram.
Desta forma, os anos passaram e a vida dos seus habitantes continuou girando em torno de acontecimentos da própria colônia e de esporádicas notícias trazidas pelos pastores, professores e padres vindas da Europa. Muito pouco se sabia do além mar. Esta situação se manteve praticamente até 1945, até em função da proibição de tudo que lembrasse os alemães.
Já com o término da segunda guerra, havia um ou outro que já se aventurava a “construir” um receptor de rádio rudimentar, conhecido como galena. Na verdade, a chegada nas colônias dos primeiros rádios de fabricação industrial e movidos a bateria ocorreu em torno dos anos de 1946 e 1947.
Em muitas localidades foi preciso providenciar a instalação de pequenos geradores de corrente contínua, os quais passaram a abastecer as baterias destes “aparelhos de rádio”. Ao meio dia, ou depois do anoitecer, frequentemente, os vizinhos se reuniam para ouvir o Repórter Esso com as últimas notícias do mundo. Era o começo da globalização da informação chegando às colônias dos imigrantes pomeranos.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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