Apesar da área deste ducado não ter sido muito maior do que 70 X 250 km, a diversidade de dialetos dentro do própria território, em decorrência da própria sobrevivência do sistema feudal, com o seu isolamento típico, fez com que até a eclosão da Revolução Industrial, a sua população ficasse restrita às grandes propriedades rurais.
Ser um servo, significava não poder sair do seu povoado ou da sua vila, sem o consentimento dos seus “donos”, isto é, da população dominante dessa região da Europa. Aqui no Brasil, de certa forma, se reproduziu esta característica no que se refere à própria língua falada por esses imigrantes. Se compararmos a língua pomerana falada no estado de Espirito Santo com a de Pomerode, em Santa Catarina e a do São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul, facilmente identificaremos diferentes palavras ou até diferentes maneiras de falar, quando há referência ao mesmo assunto.
É a diversidade linguística da Pomerania reproduzida no Brasil. Pois, precisava-se dominar a língua pomerana por ser o idioma do dia a dia da comunicação dominante nos diferentes assentamentos. Além disto, da mesma forma como na Pomerania, era preciso aprender o alto-alemão (Hochdeutsch) para poder frequentar e aproveitar os ensinamentos oferecidos nas escolas das comunidades e para o relacionamento com a igreja. Mas, também era preciso entender o português por ser o idioma do relacionamento com as autoridades.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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