Os filhos, até a década de 1930, na medida em que cresciam, passavam a frequentar as escolas da comunidade durante dois ou três dias da semana, enquanto que nos outros dias gradativamente assumiam diferentes tarefas domésticas ou na lavoura.
A família, portanto, precisava contar com o auxílio dos filhos. Até porque toda a estrutura familiar estava baseada no princípio do trabalho com a participação de todos e sua sobrevivência teria sido impossível com apenas uma ou duas pessoas incumbidas de todo o trabalho na propriedade.
Esta característica neste grupo populacional passou a ser cultural e ninguém a contestava. Isto certamente foi responsável pelos resultados financeiros obtidos pelos agricultores pomeranos. Era o princípio de que apenas os dedicados conseguem produzir. O pensamento de que “o trabalho enobrece”, apesar de todos os contratempos, fez com que também este grupo étnico conseguisse sobreviver e encontrar o cominho do progresso.
A cultura pomerana incorporou um conceito muito próprio sobre o trabalho. NÃO SE TRABALHA PARA VIVER, VIVE-SE PARA TRABALHAR. Este princípio talvez pode ter contribuído para a própria sobrevivência deste povo que, ao longo dos séculos, de outra forma talvez tivesse sucumbido.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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