Os pomeranos evoluem no beneficiamento do milho e do café – por Ivan Seibel*

 

Radiosendung AHAI  992

 

 

Alô  ouvintes.
 

 

Durante os primeiros anos da colonização o preparo da farinha de milho era feito por meio de um instrumento conhecido por pilão, confeccionado a partir de um tronco de madeira, no qual era escavada uma abertura. O “socador” igualmente era feito a partir de uma haste de madeira, a qual, com sua extremidade arredondada era continuamente arremessada no fundo desta escavação do tronco. Dat weira dai Stamba. (Era conhecido como “Stamba”.
 

 

O aperfeiçoamento deste utensílio deu origem ao monjolo.  “Dei deira Machol do tau seacha”. Neste a força da água era responsável pela execução do trabalho. Com o passar dos anos, porém, muitos agricultores passaram a construir uma espécie de moinho de beneficiamento do milho, que lhes permitia a obtenção de uma farinha já de melhor qualidade, isto é, o fubá. Os antigos também passaram a descascar o café em casa, com auxílio deste monjolo. Havia também o pilão, movido a água, conhecido como “Stambarad”.

Dentro do possível, a maioria procurava ter a sua própria instalação para o beneficiamento da sua colheita de café.  Até porque, qualquer riacho já movimentava estes engenhos confeccionados de forma muito simples.  Com o passar os anos muitas destas famílias que viviam próximas a rios já um pouco mais caudalosos procuravam ter seu monjolo e também um moinho. Com isto, uma vez beneficiado o produto da sua lavoura, acondicionavam-no no lombo de uma tropa de burros e o transportavam para a “venda”. 
 

 

Seria isto por hoje.

Seu  Ivan Seibel

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI e colunista www.brasilalemanha.com.br .