Desta forma, apesar de já terem sido previstos eventuais núcleos urbanos, por ocasião do planejamento das chamadas “colônias”, com sua igreja, com praça, escola e casas, o projeto nunca chegou a ser concretizado.
Igrejas e capelas isoladas passaram a ser construídas sobre o que era conhecido como “Pfarrerland”, isto é, nas terras do pastor, onde este e sua família, não poucas vezes, também cuidava da vaca de leite, das galinhas e da montaria. Era um modelo a ser seguido pelos membros da comunidade.
Ao contrário do que ocorreu em outras regiões do Brasil como nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o predomínio e outros grupos de imigrantes trouxe um modelo de colonização com forte presença de associações esportivas, culturais e recreativas que exerceram um importante papel aglutinador das populações teuto-brasileiras, as colônias pomeranas desde o início adotaram um modelo social de convivência mais esporádica.
Entre estes, os encontros domingueiros, seja antes dos ofícios religiosos ou mesmo depois dos mesmos, ofereciam um cenário onde aconteciam trocas de informações e até mesmo fechamentos de eventuais negócios.
*Ivan Seibel, natural do ES, é médico em Venâncio Aires, RS, prof. adjunto da UNISC, pós-graduado em Urologia pela UFCSPA, Dr. em Clínica Médica/Nefrologia pela PUCRS, pós-doutor em História/EST, escritor e comentarista do programa radiofônico bilíngue AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária/Die deutsche Stunde der Gemeinden.