Os eternos desbravadores solitários – por Ivan Seibel

A constante migração do colono pomerano para áreas de novos assentamentos se perpetuou pela sistemática das contínuas conquistas de áreas a serem desmatadas e repassadas aos seus filhos. Este papel preservou neles a característica de eternos desbravadores solitários.

Este teuto-brasileiro “caipira” sempre esteve centrado na sua própria sobrevivência e na sobrevivência da sua prole. O seu pequeno mundo, que na Europa estava restrito à propriedade do latifundiário, aqui continuou centrado na vida em seu lote de terras e na sua pequena comunidade.

Seus contatos com o mundo exterior continuaram sendo o vendeiro, no campo financeiro de compra e venda de mercadorias, o pastor no campo espiritual, educacional e de definição da conduta moral. Esta foi uma época que praticamente perdurou até a década de 1970.

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI e colunista www.brasilalemanha.com.br