Os governos das Províncias pouco faziam para combater o analfabetismo. Porém, logo, tanto os pastores como os padres exigiam dos jovens uma instrução mínima para poderem ser confirmados ou crismados.
A falta de professores com uma habilidade adequada resultou na convocação de “professores” de colônia, uma espécie de mestres com algum conhecimento, mesmo que precário. Este na verdade foi um expediente utilizado tanto na assistência religiosa como também nos cuidados com a saúde. Assim, agricultores, atuando em suas lavouras, em uma parte do dia e valendo-se do pouco conhecimento de que dispunham, procuravam repassar às crianças das proximidades algumas noções de escrita e de leitura.
Ainda outros, nos finais de semana encarregavam-se dos ofícios religiosos, ou ainda procuravam aliviar o sofrimento físico dos seus conterrâneos ao lhes administraram diferentes tipos de chás ou infusões preparados a partir de raízes de plantas silvestres.
*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI e colunista www.brasilalemanha.com.br