Um azul e branco de sua bandeira – por Ivan Seibel*, comentário AHAI

Isto podia ser observado sobretudo no estado de Espirito Santo e no Rio Grande do Sul.

Era um povo com características que se identificavam cada vez mais com os primeiros emigrantes daquelas terras outrora pertencentes ao pequeno Ducado localizado na região entre o nordeste da Alemanha e noroeste da Polônia.

Foi daquela “terra perto do mar” ou, como diziam seus ancestrais, “PoMorje”, uma região plana e de muitos lagos e rios, que vieram aqueles que aos poucos passaram a impor sua cultura e seus costumes aos habitantes de tantos redutos brasileiros ainda tão pouco conhecidos.

O azul do mar e o branco das pesadas neves do inverno que constituíam as cores da bandeira de seu país, aqui continuaram materializados nas cores azuis das aberturas e nas paredes caiadas de branco de suas casas. O penoso frio do inverno europeu deu lugar ao calor de verão. Lagos e rios piscosos deram lugar às montanhas de matas fechadas e infestadas de mosquitos e cobras.

Os pescadores de arenque do Mar Báltico transformaram-se em agricultores de novas variedades agrícolas deste imenso Brasil.

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI > bl 03 e colunista www.brasilalemanha.com.br.