A língua pomerana na década de cinquenta – por Ivan Seibel*, Venâncio Aires, RS

Entretanto, com ao passar dos anos do pós-guerra, a língua pomerana e mesmo o alemão voltaram a ser falados livremente em quase todas as colônias dos imigrantes teutos no Brasil. Com o término da guerra, aos poucos, velhos livros e especialmente hinários e a própria bíblia voltaram a ser lidos nas famílias.

A falta de escolas de quem nasceu entre os anos 1925 e 1935 trouxe dificuldades de aprendizagem para praticamente toda esta geração. O ensino confirmatório havia ficado restrito aos poucos que conseguiram chegar até a casa paroquial, muitas vezes por caminhos alternativos para não serem molestados por algum “brasiliona” fanatizado e ansioso por vingança contra os colonos.

Na década de 1950, aos poucos, alguns jornais e revistas editados em língua alemã voltaram a circular. Este foi o caso do semanário “Brasilpost” e da revista mensal “Das Beste”. A última, na realidade era uma edição alemã da revista norte-americana “Seleções”. Apesar do seu custo elevado ser quase proibitivo para um colono, a falta de outras atividades culturais ou mesmo de lazer levava muitos a assinarem algum destes periódicos.

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista de www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >