De uma forma ou de outra as crendices sempre existiram entre os pomeranos. As pessoas quando, perguntadas, naturalmente sempre dizem que a bruxaria e as bruxas não existem e que isto não faz parte da crença do povo. Pode até acontecer de muitas vezes as pessoas inventam estas crendices, porém, na prática não é tão incomum ouvir-se quem diga: “Para quem acredita, funciona! Mas, para quem não acredita, nada acontece!”
Neste aspecto vale citar o termo “andaun”, também conhecido como “mau olhado”. Assim, por exemplo, quando uma criança é muito bonita e tem olhos azuis e a primeira coisa que as pessoas sempre fazem é olhar para os olhinhos. “Ah, mas que olhinhos bonitinhos!”. Fala-se em mau olhado, mas não quer dizer que isto tenha acontecido com maldade. Mau olhado, como alguns dizem, foi um “oifakika” (visto de uma forma como não deveria ter sido olhado ou, não se deveria ter olhado). O mesmo vale para alguns sinais identificados na natureza, como, por exemplo, no que se refere ao gripo do gavião ”hakalo” (anauê). Era um sinal, segundo a crença, que precisava ser observado.
Como se dizia na língua do povo: “É que, quando alguém morria, ele começava a gritar. Se ele canta, é porque alguém morreu. Se canta em uma árvore verde vai chover, se canta em uma árvore seca, alguém morreu. Certamente são vestígios dos tempos do paganismo de muitos séculos atrás.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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