Historicamente o antigo povo pomerano podia ser considerado um povo submisso. Submisso porque, até onde se sabe, as populações daquele região da Europa, de tempos em tempos foram sendo dominadas por diferentes e novos invasores.
Politicamente quase sempre dependiam de outros, ora por um, ora por outro destes invasores. Com isto foi sendo influenciada na sua maneira de ser, de agir e até de pensar. Enfim, poderíamos dizer que esta forma de vida servil e submisso deste povo pomerano fez com que se tornassem taciturnos e tristes.
Habitualmente a forma de um povo exteriorizar os seus sentimentos e suas tristezas acontece justamente por meio de sua música e das suas tradições. Os pomeranos sempre estiveram vinculados à terra, ou seja, à agricultura e no Brasil este seu vínculo ao meio rural fez com que a cultura religiosa, o canto e a música instrumental também aqui continuassem bem preservados.
Isto contribuiu para que o estudo da música também passasse a ser visto como algo quase inerente à vida do jovem pomerano, que a concertina continuasse alegrando as festas populares e que tantos corais de trombones seguissem guiando o canto das músicas sacras nas igrejas.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >