Com isto, além da dificuldade de comunicação em função dos diferentes dialetos e idiomas, havia também linhas confessionais distintas. De um lado havia os imigrantes luteranos ou católicos originários do Vale do Reno e da Suíça. Por outro lado, os holandeses, em franca minoria, eram calvinistas. Os que confessavam o catolicismo, como muitos “Hunsrücker” e os tiroleses austríacos, desde os primeiros anos passaram a receber assistência espiritual dos padres enviados da Europa.
Já entre os pomeranos poucos eram ou se tornaram católicos. Estes diziam-se luteranos. “Wü sin Luteraner” nós somos luteranos. Desta forma, se de um lado organizaram as suas “Freigemeinden”, que eram comunidades livres, sem qualquer vínculo com organizações eclesiásticas europeias, de outro lado também passaram a ser atendidos pelos pastores enviados por Berlim e pela Suíça.
Com o passar das décadas também a Igreja Luterana do estado americano de Missouri passou a enviar os seus pregadores para diferentes regiões do Brasil. Este grupo, em função desta origem, passou a ser conhecido como Igreja Missouri.
*Ivan Seibel, nascido no Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor e comentarista do programa radiofônico bilíngue AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária / Die deutsche Stunde der Gemeinden.