Durante muitas décadas, a assistência médica disponível para todos os imigrantes europeus no Brasil foi muito precária. O mesmo também deve ser dito para os pioneiros pomeranos. A solução encontrada por eles mesmos residia justamente na busca por uma assistência proporcionada pelos “Walddoktors”, ou seja, pelos “médicos” da floresta, ou pessoas detentoras de um conhecimento, por vezes mínimo, de medicina popular dentro de uma cultura essencialmente rural.
Já alguns anos mais tarde, “quem vinha da Alemanha nos últimos anos terminava trazendo de lá remédios ou mandava vir. […] Alguns já tinham aprendido um pouquinho de medicina na Alemanha”. Eram relatos que muitas vezes se podia ouvir. Já segundo os relatos de descendentes do assentamento de Belém, presumivelmente a primeira comunidade pomerana na então Província de Espírito Santo, na falta de um profissional com formação acadêmica, nomeava-se um “médico” dentre a meia dúzia de famílias ali residentes. Alguém precisava assumir esta função e fazer o esforço possível para obter o conhecimento necessário para o desempenho desta sua função. Eram tempos difíceis e que, na concepção deles, exigiam alguma solução
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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