Isto aconteceu até em função de uma observação feita em colonizações de outros grupos étnicos em que ocorreu um sistemático desmatamento de toda a propriedade. Por outro lado, também se deram conta de que, ao preservarem uma área de mata, sempre teriam onde procurar madeira, seja para a construção de novas casa como também como lenha para o consumo próprio.
Este procedimento fez com que passassem a adotar um sistemático processo de “descanso” do terreno ao se deixar crescer uma nova vegetação conhecida como “capoeira” ou “capoeirão”. Havia também o conceito de que uma queima completa poderia levar à perda da lavoura por um ou dois anos, pois, a prática da queima localizada de restos de folhagem e da vegetação já mais crescida logo evidenciou que levava a uma maior destruição de partes isoladas dentro do terreno.
Todas estas observações logo fizeram com que fosse aumentado o tempo de “descanso” do terreno para dois e posteriormente para três ou até quatro anos. O milho exigia uma terra mais ou menos compacta e habitualmente se desenvolvia menos em áreas muito queimadas. A cultura do café não costumava ser tão prejudicada, até porque o seu desenvolvimento acontecia ao longo de diversos anos. Foi desta forma que os pomeranos, também na agricultura se tornaram pioneiros no processo de conservação de suas terras e de preservação da mata nativa.