Aculturação pomerana – por Ivan Seibel*

Na prática verificou-se uma relativa miscigenação entre essas populações. Já os pomeranos de Espirito Santo passaram a imprimir o seu vocabulário no dia a dia da população.

Em Santa Catarina e em boa parte da região central do Rio Grande do Sul ocorreu uma rápida miscigenação com os mais variados grupos germânicos, tendo mais se destacado o idioma dos imigrantes do Hunsruck, uma região do vale do Rio Reno.

Em Canguçu e São Lourenço do Sul, apesar do seu fácil acesso à navegação na Lagoa dos Patos e da sua relativa convivência com uma população luso-brasileira, houve uma importante preservação da língua e dos costumes pomeranos.

Em todas as regiões, principalmente pelo vestuário das mulheres das primeiras gerações dos assentados, até está sendo possível identificar a época da sua vinda da Europa. Porém, mesmo com o passar dos anos, o estilo de vida e as particularidades do dia a dia dos agricultores pomeranos foram sendo mantidos, comprovando a origem comum de todos os que chegaram no Brasil.

Talvez isto também tenha contribuído para que, como integrantes da segunda ou terceira geração já se sentissem revigorados e donos de uma cultura cada vez mais própria. Este sentimento de coesão étnica manteve nesses colonos um espírito de preservação das suas tradições. Afinal, haviam se transformado em “Dütscha Lür” isto é, gente diferenciada, com uma identidade muito própria, mas, brasileiros.


*Ivan Seibel
, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >

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