Agriculturação pomerana – por Ivan Seibel*

Novas estradas foram abertas e o acesso às cidades foi melhorado, sobretudo a partir do final da década de 1950. 

Muitos filhos, netos e bisnetos dos pioneiros seguiram para novas ocupações no meio urbano. Mas, também aqui, em função do próprio constrangimento criado pelas perseguições sofridas pelos seus familiares, seja durante a guerra ou mesmo nos anos que se seguiram, muitos jovens, rapidamente adotaram a língua portuguesa. Evitavam serem chamados de pomeranos ou alemães. Outros até negavam a sua própria origem para não serem molestados.

Desta forma, este gradativo processo de aculturação quase forçado, levou à perda de muitos valores inerentes a este grupo populacional. Somente quase vinte anos mais tarde, a cultura, a língua pomerana, a música, a dança e as tradições voltaram a ser valorizadas. Hoje, com muito orgulho para os familiares, os relatos sobre a vida destes pomeranos nas comunidades do interior dos estados, passaram a ser repassados às novas gerações.

*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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