As migrações internas dos pomeranos – por Ivan Seibel

Sempre será preciso lembrar que esta população e seus descendentes sempre viveram no campo até praticamente na metade do século XIX. O momento da constituição de uma nova família também representava uma readequação a uma nova realidade.

Era o que costumava acontecer com o filho homem solteiro indicado como arrimo da família. Muitas vezes até já possuíam uma propriedade, apesar de não terem recursos para a construção de uma casa própria.Entretanto, quem casa quer casa e não poucas vezes as dificuldades que surgiam com a nova convivência de duas gerações de famílias terminava em conflito e consequente afastamento da uma das partes.

Talvez auxiliado por este fato, a partir de 1950, teve início um novo processo de migração de muitos pomeranos. No Estado de Espírito Santo, ocorreu uma transferência de todo um contingente para o “Norte” do estado. Notícias vindas do Paraná também fizeram com que o sudoeste brasileiro passasse a exercer um atrativo sobre muitos jovens ansiosos por obterem o seu pedaço de chão. Desta forma o Paraná, na década de 1950 passou a receber inúmeras famílias vindas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de Espírito Santo.

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >