As “olarias” pomeranas e a construção das casas – por Ivan Seibel*

A única saída era a preparação desta matéria prima antes do início das construções. Foi desta forma que a partir de 1950, em muitas regiões, um ou outro agricultor passou preparar o seu próprio “tijolo”. O “barro” para a sua confecção precisava ser adequado para dar a correta consistência ao produto final.

Este era “amassado” em um caixa de madeira ou mesmo em uma abertura no solo e, na medida que se adicionava terra, despejava-se água para a adequada mistura e consistência dos dois elementos. Esta “massa” era “atirada” dentro de uma forma de quatro ou cinco espaços previamente salpicada de areia para evitar a sua aderência nas paredes.

Feito o “reguamento” da superfície da fôrma seu conteúdo era “despejada” no solo igualmente revestido de uma fina camada de areia.  A cada uma destas manobras obtinham-se quatro ou cinco tijolos crus. Uma vez secos, estes eram empilhados como “forno” de maneira a permitir o seu cozimento ou queima. Foi desta forma que, naqueles anos, muitos começaram a construir suas casas com tijolos de barro de fabricação caseira.

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >