Tanto as moradias antigas como as modernas, de certa forma simbolizam com tradições e da realidade desse povo na época da colonização e nos dias de hoje. As habitações pomeranas tradicionalmente eram simples, construídas com madeiras de lei extraídas da floresta. O reboco costumava ser feito com argila, a pintura com barro branco e o telhado era feito com pequenas tabuinhas preparadas com a madeira cortada na mata.
A cor branca nas paredes e o azul nas portas, janelas e varandas, dentro de um simbolismo, representavam a neve e o azul do céu da Pomerânia. Um avarandado, na parte da frente da casa eventualmente podia ocupar todo o entorno. Durante muitos anos essas construções aconteceram dentro do sistema de mutirão, com a participação de vários vizinhos e amigos. Como anexos da residência costumava-se ter, o forno à lenha, o galinheiro, o chiqueiro, o paiol e, já mais tarde, um banheiro externo. Ainda hoje é comum encontrar-se essas moradias no interior de toda a região de imigração pomerana.
Também por medo dos animais ferozes ou cobras, essas casas costumavam ser construídas sobre pilares e o espaço daí resultante era utilizado para a guarda dos mais variados tipos de utensílios de trabalho. As grandes frestas no assoalho, durante o verão, ofereciam uma boa ventilação. Hoje se fala muito no estilo enxaimel, entretanto, o modelo daqui se originou sobretudo a partir da praticidade da obtenção do material de construção em todos os assentamentos.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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