Eckhard Enst Kupfer 642 | Nackt, Lachen, Kanibalismus

So beschrieb Jean de Léry nach seiner Ankunft in Rio de Janeiro im Jahr 1557 die
Lebensweise der Einheimischen vom Stamme der Tupinambas.

Sie waren ein Teil der Natur, ihre Haut war eine Reflektion der Tropen und ihr Lachen war ihre tägliche Lebensfreude, denn sie lebten im Jetzt und reflektierten das was ihnen die Natur anbot, Sonne, Wärme, Wasser, Pflanzen und Fische zur Ernährung. Mit dem Kannibalismus war es bereits etwas komplizierter: Es gab einige Stämme die das rohe Fleisch zum puren Erhalt ihrer selbst verzehrten, und es gab Teile der Stämme (siehe Hans Staden), die daraus einen Kult machten und die besiegten Gegner nur aufassen um selbst stärker zu werden, daher wohl bis heute der Ausdruck: ich habe dich zum fressen gern. Jean de Léry, als überzeugter Calvinist, war von dieser Art des Lebens einesteils geschockt, aber gleichzeitig neugierig darauf, die Kultur der Einheimischen zu studieren.

Dabei stellte er fest, dass sie durchaus keine agressiven Gegner waren, sondern ihr Leben liebten und auch den neuen, europäischen Geschenken wie Spiegel und Kämme nicht abgeneigt waren. Am meisten beeindruckte ihn die Körperbemalung der Tupinanmbas, diese erinnerte ihn zusammen mit dem Lachen, der Fröhlichkeit und der körperlichen Freiheit an Carnevale.

Später hat Léry diese Erfahrung als Ironie und Sarkasmus gegnüber dem französischen Kolonieführer in der Guanabara-Bucht: Nicolas Durand de Villegnon ausgedrückt, da dieser sich für jeden Tag der Woche einen anders farbigen Anzug schneidern liess, während seine Mitkolonisten in Lumpen herumliefen. Die französische Kolonie der Calvinisten in Rio de Janeiro ist gescheitert, aber die wesentlichen Elemente der Tupinambas blieben erhalten: Nackheit, Lachen, Fröhlichkeit beim Fest des Carnevale, wo Fleisch dann nur noch als Fantasie der Lust und der Ästhetik gezeigt wird.

Leia em português:

Nude, Risos, Canibalismo

Assim, após sua chegada ao Rio de Janeiro em 1557, Jean de Léry descreveu o modo
de vida dos nativos da tribo dos Tupinambas.

Eles faziam parte da natureza, sua pele era um reflexo dos trópicos e seu riso era sua alegria diária de viver, porque viviam no agora e refletiam o que a natureza lhes oferecia, sol, calor, água, plantas e peixes para alimentação. Com o canibalismo já era um pouco mais complicado: havia algumas tribos que consumiam a carne do inimigo cru, para a pura alimentação, e havia partes das tribos (veja Hans Staden) que faziam um culto a partir dela e só devoraram os inimigos derrotados para se tornarem mais fortes.
Jean de Léry, um calvinista convicto, ficou parcialmente chocado com esse modo de vida, mas ao mesmo tempo curioso para estudar a cultura dos habitantes nativos.

Ele descobriu que eles não eram de forma alguma oponentes agressivos, mas amavam suas vidas e não eram avessos aos novos presentes europeus, como espelhos e pentes. Ele ficou mais impressionado com a pintura corporal dos Tupinambas, que, juntamente com o riso, a alegria e a carnalidade, o lembravam de Carnevale.

Mais tarde, Léry expressou essa experiência como ironia e sarcasmo ao líder da colônia francesa na Baía de Guanabara, Nicolas Durand de Villegnon, que tinha um terno de cor diferente adaptado para cada dia da semana, enquanto seus colegas colonos andavam em trapos.

A colônia francesa dos calvinistas no Rio de Janeiro fracassou, mas os elementos
essenciais dos Tupinambas permaneceram: nudez, riso, alegria na festa de Carnevale,
onde a carne é mostrada apenas como um prazer de imaginação e estética.