Como lidar com a história
Recentemente, participei de um seminário que tratou da expedição dos dois cientistas bávaros, Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich von Martius, pelo Brasil nos anos de 1817 a 1820.
Uma seção analisou parte da jornada amazônica e da levada de dois jovens indígenas para Munique, onde não sobreviveram por muito tempo. Examinar esse tema é bastante justificado, mas a avaliação do ponto de vista de hoje pelas três historiadoras brancas como palestrantes, que condenaram a tomada desses jovens indígenas para Europa com base do seu status seguro da burguesia brasileira dos séculos XX e XXI, me parece uma vista hipocrática.
Qualquer pessoa que lide com a história sabe que na maioria das épocas ela não era apenas humana e de paz. Foi predominante uma série de lutas, guerras e batalhas, de conquistas e dominações, de exploração e pilhagem. O bom e o positivo também tinham seu lugar, mas era apenas um processo de minorias em curtos intervalos pacíficos, embora estes tivessem um efeito mais profundo e mais duradoura do que as batalhas. A influência dos filósofos gregos mesmo antes da era cristã, o aparecimento de Jesus Cristo e, mais tarde, o movimento humanista do Iluminismo influenciaram o desenvolvimento da humanidade de forma muito mais e permanente do que qualquer guerra e qualquer dominação de longo prazo, não importa por quanto tempo.
Quem hoje lida com a história e a ensina, ou pesquisa sobre ela e a publica, deve sempre fazê-lo sob o aspecto do tempo correspondente e ter um cuidado especial com as avaliações morais de outro tempo, caso contrário a análise não é completa e às vezes distorcida.
Qualquer pessoa que dê palestras, discuta e pesquise como lidar com os povos originários das Américas deve incluir os representantes de hoje desses grupos étnicos e ouvi-los. Eles já têm representantes importantes em todas as áreas. Incluir suas opiniões e pontos de vista em todas as discussões e publicações certamente dará um aspecto mais real, completa e objetiva da história.
Über den Umgang mit der Geschichte
Kürzlich nahm ich an einem Seminar teil, das sich mit der Expedition der beiden bayerischen Wissenschaftler, Johann Baptist von Spix und Carl Friedrich von Martius durch Brasilien in den Jahren 1817 bis 1820 beschäftigte.
Eine Sektion analysierte einen Teil der Amazonasreise und die Mitnahme von zwei jugendlichen Indigenen nach München, wo sie nicht lange überlebten. Dieses Thema zu untersuchen ist durchaus berechtigt, aber die Bewertung aus heutiger Sicht und dabei als Referenten drei weisse Historikerinnen zu beauftragen, die aus ihrem gesicherten Status des brasilianischen Bürgertums des 20. und 21. Jahrhunderts die Mitnahme dieser Indigenen verurteilen, schien mir dann doch eine geheuchelte Entrüstung zu sein.
Wer sich mit der Geschichte der Menschheit beschäftigt, ist darüber informiert dass diese in den meisten Epochen nicht nur menschenfreundlich und human ablief. Sie war eher eine Aneinanderreihung von Kämpfen, Kriegen und Schlachten, von Eroberungen und Beherrschungen, von Ausbeutung und Plünderung. Das Gute und Positive hatte zwar auch seine Stellung, war aber nur ein Vorgang von Minderheiten in kurzen friedlichen Zwischenzeiten, obwohl diese dann eine tiefere und längere Wirkung erzielten als die Schlachten. Die Wirkung der griechischen Philosophen noch vor der christlichen Zeitrechnung, das Erscheinen von Jesus Christus und dann später die humanistische Bewegung der Aufklärung beeinflussten die Menschheitsentwicklung weit mehr und dauerhafter als jeder noch so lange Krieg und jede langfristige Beherrschung.
Wer sich heute mit der Geschichte beschäftigt und diese lehrt, darüber forscht und veröffentlicht, sollte dies immer unter dem Aspekt der entsprechenden Zeit tun und besonders mit moralischen Bewertungen einer anderen Zeit vorsichtig sein, sonst ist die Analyse nicht vollwertig und auch manchesmal verbogen.
Wer über den Umgang mit Originalvölkern der Amerikas referiert, diskutiert und forscht, sollte die heutigen Vertreter diese Ethnien einschliessen und mitnehmen. Sie haben bereits wichtige Vertreter auf allen Gebieten. Deren Meinung und Ansicht in jeder Diskussion und Veröffentlichung einzuschliessen, ergibt dann mit Sicherheit ein wirklicheres, kompletteres und objektiveres Bild der Geschichte.