A população de descendência pomerana no Brasil, segundo alguns cálculos, conta com mais de quatrocentas mil pessoas. Considerando os mais de duzentos milhões de brasileiros, esses dados podem parecer insignificantes.
Entretanto, se levarmos em consideração que apenas cerca de vinte mil imigrantes pomeranos aportaram no Brasil Império, facilmente podemos nos dar conta que, ao final de cento e cinquenta anos, este número inicial ficou vinte vezes maior. Aquele contingente de pessoas saído da Europa central que se refugiou nas terras do pau-brasil vem se transformando em um grupo populacional que cada vez mais cultiva sua identidade, suas tradições e vem consolidando um sentimento de pertencimento.
Falta, entretanto, desenvolver um adequado processo de registro da sua história. Há muitas formas de se documentar a história de um povo. Se, nos primeiros cem anos a oralidade se consagrou como o principal meio de difusão da rotina do dia a dia dos imigrantes, a formação dos primeiros professores ou pastores, ocorrida a partir da década de 1950, passou a focar novas formas de documentação escrita daquelas informações que antes, não poucas vezes, não sobreviviam a mais de duas ou três gerações.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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