Encontro dos Tesche reúne 185 familiares em Vale do Sol, RS

O 2º Encontro da Família Tesche reuniu no dia 10 de março, em Vale do Sol, 185 descendentes de Daniel Tesche e Anna Magdalena Bender, nascidos em Solingen, a ‘cidade da cutelaria’ (fabricação de facas e tesouras), no Centro-Oeste da Alemanha. A confraternização durante todo o dia no salão paroquial da Comunidade Católica São José proporcionou a integração de parentes de diversos municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.


A grande família Tesche reunida. Foto Ricardo Tesche

A confraternização aproximou ainda mais os familiares. No primeiro encontro, em 18 de março do ano passado, houve 120 participantes no salão de festas do Oriental Futebol Clube, em Três de Maio, no noroeste gaúcho. Além de proporcionar o contato entre os parentes, vários visitantes do evento em Vale do Sol conheceram os túmulos de Karl Tesche e da esposa Catharina (nascida Stum), no cemitério evangélico velho de Vale do Sol, antigo distrito de Trombudo quando a área ainda pertencia ao município de Santa Cruz do Sul. Daniel Tesche já havia falecido quando o filho Karl, com 30 anos, emigrou ao Brasil, em 1859, com sua mãe, o padastro Eduard Hoerster, mais dois irmãos e três irmãs. < /font>

Depois de cruzar o Oceano Atlântico e chegar ao Brasil no ano de 1859, a família foi morar na colônia de Santa Cruz. Hoje descendentes da família residem em diversos estados brasileiros. Em 2019, marcando os 160 anos de chegada dos antepassados à região do Vale do Rio Pardo, o 3º Encontro de Família Tesche está previsto para a cidade de Santa Cruz do Sul.


A hora da informação. Foto Ricardo Tesche

A integração cada vez maior de familiares nos encontros também possibilita acrescentar novos dados à pesquisa genealógica que o professor Leomar Tesche realiza há quatro décadas, inclusive com viagens em busca de dados para a Alemanha. Entre as curiosidades, os familiares no passado exerciam a profissão de artesãos na Alemanha, especialmente cuteleiros. Solingen, a cidade de origem, inclusive possui um museu com acervo relacionado à cutelaria.

Quanto à origem do sobrenome, pesquisa realizada pelo pastor Armindo Müller informa que no livro de H. Bahlow – Deutsches Namenlexikon –, nas páginas 501 e 502, aparece Tesch, Tesche, Teschen e Tescke (formas usadas na região de Hamburgo), derivado de Teske (forma usada na Pomerânia e Mecklenburgo), abreviação do nome próprio eslavo Tesmar. A palavra Tech significa “consolo” (trost). São citados: Tesseke Slavus em 1300 em Salzburgo, Tessemarus de Campiz, em 1286 em Mecklenburgo, e Technmarus em 1349 em Greifswald.

 
Fonte: Otto Tesche
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