Florestas devastadas – por Ivan Seibel*

… geralmente com vinte a trinta metros de altura. Precisava-se eliminar esta cobertura natural do terreno para se obter o espaço necessário à preparação das terras a serem cultivadas. Era um procedimento absolutamente desconhecido em seu país de origem.

Desta forma a conquista de áreas para a plantação precisou ser feita a machado e pelo fogo. Este procedimento se tornou usual e permaneceu durante gerações como prática de um sistemático desmatamento. Em muitos lugares, apesar de mata nativa ter sido bastante densa, rapidamente se constatou que a pequena camada de terra mais fértil de dez ou vinte centímetros, se cultivada durante alguns anos, rapidamente esgotava seus nutrientes.

Nos primeiros tempos, infelizmente, estes imigrantes não prosseguiram com a prática da adubação como os seus antepassados haviam feito na Pomerânea. Depois de cinco ou dez anos, de uma cultura sistemática, muitas vezes, as terras tornavam-se totalmente inférteis. Com isto a alternativa geralmente consistia em destinar estas áreas para a formação de pastagens para o gado e partir para novos desmatamentos. Era o início de um lento e gradativo processo de destruição das florestas de muitas regiões.

*Ivan Seibel, natural do ES, é médico em Venâncio Aires, RS, prof. adjunto da UNISC, pós-graduado em Urologia pela UFCSPA, Dr. em Clínica Médica/Nefrologia pela PUCRS, pós-doutor em História/EST, escritor e comentarista do programa radiofônico bilíngue AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária/Die deutsche Stunde der Gemeinden.

Áudio: AHAI 1086 – bl 03   www.brasilalemanha.com.br/ahai – a partir de 29 05 2015