Aliás, foi o que aconteceu com todos os estrangeiros, exceto os que tinham adotado a nacionalidade brasileira. Os de nacionalidade norte-americana, como era o caso de pastores da Igreja Missouri, mesmo não dominando o idioma nacional terminaram sendo poupados deste suplício.
Neste momento surgiu um grande dilema: O que fazer com as comunidades sem assistência espiritual. Os pastores estavam presos ou proibidos de falar. A solução encontrada pelos colonos foi a de adotar um trabalho religioso leigo.
Com isto, muitas vezes membros das comunidades, já um pouco mais instruídos e que de certa forma dominavam a língua portuguesa foram assumindo estas tarefas nas comunidades.
Realizavam batizados, casamentos e os ofícios religiosos, durante muitos anos conhecidos como “Lesegottesdienste”, ou seja, culto na forma de leitura de toda a ritualística e dos sermões.
Tudo isto dentro de uma forma muito simples e com muito improviso. Estes ajudantes na realidade executavam as tarefas que antes tinham sido atribuição dos pastores alemães. Em algumas comunidades este trabalho chegou a durar mais de cinco anos, até que os pastores puderam novamente retomar os seus trabalhos.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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