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A Baroneza, primeira locomotiva a vapor do Brasil, serve de inspiração para o projeto de decoração e arquitetura do Bar Baroneza, em Curitiba. O Bar foi inaugurado em 7 de abril de 2009 e ganha destaque por seu extenso e criativo cardápio com opções para o almoço, happy hour e jantar, além da música ao vivo. O ambiente do Bar Baroneza é decorado com elementos que fazem referência a trens e estações ferroviárias. Um grande relógio na entrada, grades no caixa como uma bilheteria e arandelas para reproduzir a iluminação de um trem são alguns. Conta com mezanino para 50 pessoas que pode abrigar diferentes comemorações.
A Baroneza é a única locomotiva a vapor transformada em monumento cultural, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Circulou pela primeira vez em 30 de abril de 1854, quando foi inaugurada a Estrada de Ferro Petrópolis, fundada por Irineu Evangelista de Souza, o Visconde e Barão de Mauá, patrono dos Transportes. Atualmente se encontra no Museu Ferroviário do Engenho de Dentro, localizado no Rio de Janeiro. Por seu importante papel como pioneira no campo ferroviário, a Baroneza se transformou em um pedaço da história do ferroviarismo mundial.
Foi no ato da inauguração da primeira ferrovia Brasileira que o Imperador Dom Pedro II a batizou de "Baroneza", em homenagem à esposa do Barão de Mauá, Dona Maria Joaquina. A locomotiva foi construída em 1852 por Willian Fair Bairns & Sons, em Manchester, Inglaterra. Em 1853, o Barão de Mauá comprou-a e a colocou em tráfego no mesmo ano. Após servir ao Imperador Pedro II por muitos anos, a máquina foi retirada de tráfego em 1884, voltando a serviço algum tempo depois para transportar um visitante ilustre, o Rei Alberto da Bélgica. A Baroneza é um dos modelos mais antigos de máquina a vapor que se conhece, tendo sido incorporada ao patrimônio nacional em 20 de abril de 1954, data do seu centenário.
A locomotiva tem 7,5 m de comprimento, 1,5 m de largura, 3,4 m de altura e pesa cerca de 17 toneladas. Possui duas rodas-guia de 1,29m e uma roda-motriz de 1,5m. Tem duas chaminés, um farol e dois estribos. Além da beleza dos seus cobres polidos, desperta interesse por seu valor como peça histórica, pois existem apenas dois exemplares no mundo, um no Brasil e outro na Inglaterra.
Fonte: Nelci Terezinha Seibel, editora de Coluna da Nelci
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