O produto final bioetanol, que pode ser usado em carros, é produzido no Brasil através do uso da cana-de-açúcar: com 80 toneladas de cana-de-açúcar são produzidos cerca de 6.800 litros de bioetanol.
O uso do bioetanol tem muitos benefícios quando comparado com o uso da gasolina, que é produzida a partir do petróleo. Outro aspecto positivo está na emissão de gases poluentes – a combustão do bioetanol não é tão prejudicial ao meio ambiente e, portanto, contribui para a redução dos gases responsáveis pelo aumento do efeito estufa.
Parte da sociedade é contra o bioetanol, pois afirma que as matérias-primas usadas para produzi-lo (cana-de-açúcar, milho, trigo) podem ser usados na alimentação humana.
Independentemente disso, é importante reconhecer o papel pioneiro do Brasil na produção de bioetanol: o Brasil tem o dominio da tecnologia de produção, tem terras para expandir a produção sem fazer concorrência com a produção de alimentos .
Muitos países querem aprender esta tecnologia com o Brasil. A Alemanha, que é campeã mundial na produção de biodiesel, recorreu ao Brasil para aprender sobre uma produção em larga escala de bioetanol.
A produção de bioetanol é um exemplo clássico de bioeconomia, mas foi desenvolvida no brasil na década de 1970 devido aos altos preços do petróleo. Atualmente, 15% do bioetanol produzido no Brasil e exportado e o país pode exportar ainda mais. E assim o bioetanol poderá substituir parcialmente a gasolina que não é um combustível renovável. Neste contexto, o país tem uma posição importante em relaçao ao uso sustentável de bioetanol e serve como modelo sem no mundial.
Carlos Dullius é doutor em Bioecologia pela Universidade de Konstanz, Baviera, Alemanha, consultor e empreesário na área de energias alternativas e comentarista AHAI – bloco 02 (em alternância semanal com a Dra. Lissi Bender , de Santa Cruz do Sul, em Estrela, RS, e BrasilAlemanha.