Aliás, resultante do seu próprio modelo de governo da época, com suas simpatias com as administrações do “eixo”. O nacionalismo brasileiro terminou se tornando extremamente agressivo contra tudo que não fosse legitimamente “brasileiro”.
Isto, de certa forma, até reforçava o comportamento americanófolo da Igreja Missouri durante esta época. A atuação dos pastores de origem alemã tornara-se bastante limitada. Entretanto, o sentimento de superioridade alemão, mesmo depois da Segunda Grande Guerra ainda permaneceu vivo durante alguns anos na forma como os pastores estrangeiros passaram a retomar o seu trabalho.
Mas, o sentimento de que os ofícios religiosos teriam que ser realizados de maneira mais acessível aos pomeranos começava a tomar forma. Era preciso fazer-se entender pelo povo pomerano! Mas isto ainda levaria algumas décadas para se tornar realidade.
Em contrapartida, a assistência religiosa prestada pela Igreja Missouri passara a adotar um comportamento mais ostensiva e mais flexível, tanto no que se refere à utilização da língua pomerana nos seus ofícios religiosos como na própria participação financeira dos seus paroquianos.
Isto até chegou a resultar em certos conflitos entre estes dois grupos de comunidades. Mas, eram outros tempos.
*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI e colunista www.brasilalemanha.com.br