O início do amplo processo de escolarização – por Ivan Seibel*

Quem poderia arcar com os custos de um colégio interno? Em primeiro lugar, o poder aquisitivo da população pomerana continuava muito limitado. Em segundo lugar, para a grande maioria dos descendentes dos imigrantes, o problema causado pelo domínio exclusivo da língua materna, seja ela pomerana ou mesmo alemã, continuava representando uma importante barreira na integração com a população em geral, que eles chamavam de brasileira.

Entre os luteranos, na década de 1950 se abriu uma boa oportunidade para o estudo, ao ser viabilizada a ida ao Instituto Pré-Teológico (IPT) ou à Escola Normal Evangélica de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Esta opção oferecia o pastorado e o magistério como alternativa para o trabalho muito duro na agricultura. Era muito longe de casa!

A distância a ser percorrida era muito grande. Muitos temiam por eles. Coitados. Dizia-se que no Rio Grande do Sul frio era muito intenso. Outros os invejavam. Depois disto, outros e mais outros os seguiram. Era o início de um novo e amplo processo de escolarização que estava se iniciando.

Ivan Seibel

*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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