Criaram um modus vivendi em que, de um lado, procuravam conservar a forma de construir suas habitações, o seu estilo de vida e o idioma, ao mesmo tempo em que a comunicação oral por ocasião dos encontros para os ofícios religiosos costumava girar cada vez mais em torno das vivências do dia a dia das colônias. Procuraram conservar muitas características como a própria distribuição de tarefas na labuta do cotidiano e de envolvimento de toda a família, inclusive a participação dos filhos na jornada diária do trabalho.
Entretanto, no Espirito Santo, um isolamento quase hermético de qualquer influência social e cultural da população nativa brasileira perdurou por quase um século. Já em Santa Catarina, a absorção de trabalhadores braçais pelas indústrias vinculadas à imigração alemã, favoreceu a miscigenação entre os imigrantes pomeranos e os originários de outras regiões da Alemanha.
No Rio Grande do Sul, mesmo que de um lado tenha havido uma significativa convivência com a população nativa das charqueadas de São Lourenço do Sul, houve uma importante preservação de usos e costumes pomeranos. Apenas mais tarde, com a migração para outras áreas na região central do estado, aconteceu uma miscigenação com outros grupos de imigrantes, sobretudo, originários da região do Hunsrück.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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