Era preciso prevenir qualquer invasão das casas por estas feras. Será importante lembrar que na Europa também havia ursos e lobos selvagens. Entretanto, os grandes felinos encontrados na selva brasileira, como também a grande frequência com que os assentados se deparavam com as mortíferas cobras, fizeram com que a preocupação de todos fosse muito grande.
Com isto, também a própria construção das casas nestas primeiras décadas da colonização passou a ser feita de uma forma mais elevada, para assim evitar a entrada de animais selvagens. Sua construção compreendia a utilização de pilares mais altos, muitas vezes de até dois metros do solo, para que, com a chegada da noite, a escada de acesso à casa pudesse ser levantada, evitando, desta forma, a entrada de quaisquer intrusos indesejáveis.
Por outro lado, este espaço sob as casas, protegido do sol e da chuva, também passou a ser bem aproveitado para a guarda de ferramentas, carroças, apetrechos de montaria e forragens. Eram inovações logo incorporadas ao próprio estilo de construção das casas dos imigrantes pomeranos.
*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >