Não havia escolas regulares mantidas pelos poder público e o ensino confirmatório e o próprio processo de alfabetização, mesmo que de forma bastante precário, era ministrado em língua alemã ao invés de o fazerem no idioma nacional.
Tudo isto pode ser explicado pela própria conscientização destes religiosos de que a alfabetização era necessária para o desenvolvimento social dos imigrantes e que não havia alternativa a não ser o caminho adotado pelos mesmos.
Entretanto, ainda hoje muitos se perguntam pelo porquê de tantos imigrantes pomeranos, italianos, alemães e tantos outros não terem conservado a sua língua materna. Na época, bastaria uma professora que falasse os dois idiomas.
Todos sabemos que nos tempos das Grandes Guerras houve a proibição da utilização de outros idiomas que não fosse o vernáculo. Infelizmente não havia quem ensinasse a fala do português como também do idioma materno, já que tinha sido proibido pelos governos da época.
Enfim, toda esta discriminação sofrida pelos descendentes dos imigrantes, associada a todas as outras dificuldades, levaram a perdas culturais incalculáveis e que em parte vem sendo resgatado por todo este movimento de conscientização do pomeranismo no Brasil.
*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >