Mas, vejamos como esse era construído. Tratava-se de um engenho cujo mecanismo principal era constituído basicamente por duas pedras sobrepostas, de um granito muito duro e em forma de discos de cerca de cinquenta centímetros de diâmetro.
A inferior era fixa em uma estrutura de madeira, chamada mó fixa e a superior, ou mó móvel era suspensa sobre um eixo em posição vertical e movimentada pela força de uma roda d’água. Os grãos de milho caíam aos poucos em uma abertura no centro da mó superior e pela força centrífuga penetrava entre as superfícies da pedra superior em movimento e da inferior fixa.
Este processo resultava no completo esmagamento dos grãos de milho e a sua transformação em um finíssimo pó, o qual, ao final, pela forma centrífuga da sua rotação era lançado para fora deste espaço e recolhido em um recipiente de madeira ou saco de tecido.
Foi desta forma que lentamente os agricultores pomeranos foram substituindo o pilão pelo moinho de pedra como ferramenta para a produção da sua farinha de milho.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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