POMERANOS OU BRASILEIROS?

Ivan Seibel.*

Hoje contamos com trezentos e cinquenta a quatrocentos mil descendentes de pomeranos radicados, não somente no Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Santa Catarina, mas também em Rondônia, Paraná e Minas Gerais e outros estados.
Ao longo de sua história no nosso país, esse grupo étnico fundou e colonizou muitos distritos, que depois se tornaram importantes cidades desse imenso país. 

É importante lembrar que não se pode e não se quer recriar no Brasil uma Pomerânia europeia. Os pomeranos que hoje  vivem em solo brasileiro, antes de qualquer coisa, são brasileiros, mas que também querem cultivar as suas tradições.  “Precisamos deixar os pomeranos serem pomeranos!”, como certa vez confidenciou o professor Tressmann, tão conhecido pela sua pesquisa em linguística.

Neste aspecto, precisamos lembrar, que os pomeranos são cidadãos brasileiros, com um grande potencial de trabalho. Basta descobrirem novos caminhos para o seu crescimento. De uma forma geral, os imigrantes e os descendentes dessa etnia sempre tiveram uma grande preocupação com a aquisição de terras para seus filhos. Praticamente toda a riqueza gerada durante quase todo o primeiro século do seu estabelecimento no Brasil, foi convertida em herança para os seus descendentes.

Os diferentes ciclos de migração interna e o contínuo recomeço nas novas propriedades, fez com que a prioridade econômica das famílias continuasse sendo destinada a este fim. Já a partir dessa época, a integração com outros segmentos da população passou a estimular a procura por uma maior ascensão socioeconômica.