Pomeranos se familiarizam com a cultura do café – por Dr. Ivan Seibel

21 08 13    AHAI  994

 

Alô  ouvintes.

Os imigrantes, da mesma forma como aprenderam a plantar os tubérculos, as abóboras e o milho, também tiveram que aprender a plantar e a colher o café. Os primeiros constituíram-se em produtos obtidos ao longo do ano e foram uma importante fonte de alimentos, tanto para homens como para os animais domésticos, até mesmo pela sua facilidade de plantação e posterior conservação.  Já a partir de 1870 o café passou a ser comercializado com mais facilidade, chegando a representar uma boa fonte de renda para os colonos. Com isto, todos se dedicaram de forma prioritária à sua plantação. Eram mudas lavadas que depois de quatro ou cinco anos começavam a produzir os primeiros grãos, gerando ganhos pecuniários.

No início ninguém sabia como secar ou preparar este café em casca. Já mais tarde passaram a utilizar esta espécie de pilão difundido entre a população nativa. Dai Kafa müsta jo abstambt wara ua dat deiras oft sunnowands ua sünndachs moka.  Desta forma, nos finais de semana passavam a pilar, ou seja, descascar o café para este poder ser torrado e consumido. O pilão evoluiu para o monjolo, já bem mais desenvolvido e somente bem mais tarde chegaram as máquinas. 

Bem no início, o preço do café também era baixo. Segundo alguns relatos, oito sacos de 60 kg chegavam a ser trocados por um de trigo de mesmo peso. Nos dias de chuva ou de frio  sua colheita era muito difícil. Por outro lado a terra também “envelhecia”, diminuindo a produtividade do cafezal, com isto, de tempos em tempos era preciso fazer novas derrubadas de mata virgem.
 

Seria isto por hoje.
 

Seu  Ivan Seibel

*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI e colunista www.brasilalemanha.com.br