Pomeranos sofrem para se adaptarem a um meio muito estranho a eles no ES – por Dr. Ivan Seibel

Comentário do programa radiofônico AHAI  990 – 27-28/07/2013

Alô  ouvintes.

Durante os primeiros anos de existência das Colônias no Espírito Santo uma absoluta falta de conhecimento sobre o potencial de aproveitamento dos recursos alimentares nativos impediu até mesmo a correta utilização do potencial de alimentos aqui existentes. Os europeus levaram tempo para aprender a utilizar melhor este potencial da riqueza, representado pela caça, pela pesca e os vegetais silvestres como os tubérculos. Aqui não se tinha trigo nem batatas nem animais domésticos para suprir as necessidades alimentares básicas. Somente depois de um longo e sacrificado aprendizado os pioneiros começaram a plantar milho e mandioca. A sua utilização como alimento, porém, precisou ser aprendida e assimilada. “Daí Regiarung dei blosich a bitz Etwoo jeva . Ova dat vei nia nauch, ua faela deira krank wara. Daí hara blosich schwada Bouna ua Farin. Flaich haras blosich Kanasek”. Ou seja, charque, feijão e farinnha de mandioca passaram a ser a base da sua alimentação.

Entretanto, mesmo depois de um ou dois anos muitos recém-chegados, por absoluta falta de assistência ou de uma adequada orientação, mal sabiam o que plantar e como plantar. A canjica de milho rapidamente parece ter-se tornado o mais importante alimento da Colônia, conseguindo aos poucos substituir a farinha de trigo utilizada na Europa. Para poder viver era precioso comer o que se tinha. Com isto tiveram que aprender a se adequar ao que existia.

Seria isto por hoje.

Seu  Ivan Seibel
E-mail: ivan@seibel.com.br