Resgate: Troca de e-mails sobre brasileiros e alemães – por Lissi e Rogowski

—– Original Message —–

To:  Rogowski
Cc: …..
Sent: Wednesday, October 24, 2012 8:42 AM
Subject: Re: UAU, die Deutschen!!! (economia verde a nova revolução industrial)
 

Estimado Herr Rogowski, 

suas observações são muito esclarecedoras sobre  a forma como os alemães compreendem desenvolvimento em um  planeta exaurido pelo viés único do lucro a qualquer custo. Ninguém melhor do que eles para pensar alternativas.  Ao contrário do Brasil, possuem poucas riquezas em seu subsolo, mas investem, como poucos no mundo, na geração de novos conhecimentos e no desenvolvimento intelectual de seu povo.

Pergunto-me se não seria esta uma das muitas diferenças substanciais entre Alemanha e Brasil.  Em nosso país ainda há muita riqueza natural, mas pouca preocupação para com o desenvolvimento social e intelectual de seu povo. Divagando, estimado amigo, apenas divagando  

Schöne Grüße, 

a todos um fraterno abraço,

Lissi Bender 

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Em 23 de outubro de 2012 20:01, Rogowski <rogowski@sapo.pt> escreveu:
 

 Professora Lissi,

não é de hoje que conheço essa realidade alemã, há muito tempo existe essa preocupação na Alemanha, de parte da sociedade, do governo e das empresas, quanto à conservação do meio ambiente, energias renováveis e produção limpa.

Michael Rogowski ex-presidente da Confederação da Indústria Alemã (BDI) e Presidente do Conselho de Administração da Voith GmbH, juntamente com Sr. Ingo Plöger, Co-Chairman do Fórum Empresarial Mercosul-União Européia – MEBF, exerceu grande influência junto à Câmara de Indústria e Comércio de Frankfurt e junto à Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alemanha, no sentido de apoiarem as empresas brasileiras de pequeno e médio portes interessadas em atuar no mercado de geração de energia limpa e renovável.

Hoje com a crise financeira européia os olhos do mundo e dos oportunistas se voltam para Brasil, mas não é o caso da Alemanha, aliás, sou suspeito por causa do parentesco, mas ouso afirmar que Michael Rogowski é um grande do amigo do Brasil, ama nosso país, e, é grande apreciador da nossa feijoada e do nosso drink “caipirinha” e desde o início do século XXI, muito antes da crise, ele foi responsável por programas de apoio aos pequenos e médios empreendedores brasileiros para geração de energia de forma ecologicamente correta.

Agora mesmo estou participando no assessoramento negocial e societário de dois projetos de geração de energia eólica no litoral gaúcho, um no valor de noventa milhões de reais e o outro no valor de 700 milhões de reais, embora, aparentemente os valores possam ser tidos por elevados, na verdade, dentro do universo do mercado de energia, não são grandes projetos, o primeiro, aliás, é de pequeno porte.

Está previsto para o ano que vem o início de outro projeto no Estado do Rio Grande do Norte, numa associação de empresários gaúchos e nordestinos.

Percebe-se, pois, que foi graças à mentalidade e a preocupação com o meio ambiente, do povo alemão e dos empresários, não apenas em seu país, mas também nos países amigos, que hoje, aqui no Rio Grande do Sul, pequenos e médios empreendedores, num esforço associativo e com financiamento do BNDES e do BADESUL, estão seguindo a filosofia implantada na Câmara de Indústria e Comércio de Frankfurt e na Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alemanha e por elas irradiadas mundo afora.

A Alemanha é sem dúvida a líder desse movimento econômico e intelectual que defende a necessidade uma “nova revolução industrial” resultante de um novo sistema econômico referido como “economia verde”. Extrair recursos naturais, produzir e distribuir de forma sustentável.

Graças a Deus o Brasil acolheu essa filosofia e já começa a ser percebido internacionalmente com um país sério nesta área de energia limpa e tudo isso, que começou com a difusão doutrinária dos empresários alemães, liderados por Michael Rogowski, tem resultado num efeito multiplicador sem precedentes. Ontem mesmo participei de uma reunião onde estava presente emissário do Príncipe de Dubai, Sheikh Hamdam Al Maktoum, informando a intenção do Emirado em investir no Brasil e no Rio Grande do Sul, precisamente na área de geração de energia. No momento, não posso dar mais detalhes sobre assunto, o sigilo profissional me impede, mas não tardará tais informações tornar-se-ão de domínio público, daí voltaremos ao tema.

Viva a Alemanha e o povo Alemão!

Auf wiedersehen.

Rogowski

 João-Francisco Rogowski

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2012/10/23 Lissi Bender <lissi.bender@googlemail.com>

Liebe Freunde, estimados amigos, a Alemanha é conhecida e reconhecida por inúmeras virtudes. E não sou eu que  afirmo isso, mas uma pesquisa feita na última feira de Hannover (maior feira do mundo) junto ao público estrangeiro que a visita. Eis algumas das qualidades mais elencadas pelo olhar estrangeiro: Lebensqualität: qualidade de vida – Gründlichkeit: meticulosidade –    Zuverlässigkeit: autenticidade,seriedade e, naturalmente: den Fleiß: a diligência. Vejam abaixo sobre a pesquisa.


Que os alemães são cuidadosos com seu meio ambiente, conhecidos por sua Sauberkeit, isto qualquer turista vivencia lá, mesmo que sua incursão em terras alemãs seja superficial. Em sua afã pela qualidade de vida, meticulosidade, diligência os Intelligenzbestien inventaram mais uma. Eles fazem por merecer serem conhecidos como "Land der Ideen". Vejam no video em anexo.

Mit schönen Grüßen,
com um abraço,
de Lissi Bender
 
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"Die Standortinitiative „Deutschland – Land der Ideen“ hat in Kooperation mit dem Institut der deutschen Wirtschaft (IW) Köln die Hannover Messe zum Anlass genommen, sich durch eine Umfrage einen Eindruck über das aktuelle Deutschlandbild zu verschaffen. Befragt wurden vom 23. bis zum 27. April 2012 sowohl deutsche als auch internationale Messebesucher.

Unschlagbar: deutsche Lebensqualität

„Deutschland – zum Leben und Arbeiten einfach empfehlenswert“: Ganze 76 Prozent der ausländischen Gäste und 80 Prozent der deutschen Befragten würden einem Bekannten empfehlen, in Deutschland zu leben und zu arbeiten. Die „Lebensqualität“ in Deutschland wird dabei sowohl von deutschen als auch den internationalen Messebesuchern mit den höchsten Zustimmungswerten versehen.

Was wäre eine Befragung zum Image eines Landes ohne entsprechende Klischees? Dass diese durchaus positiv sein können, beweisen die hohen Übereinstimmungen des Selbst- und Fremdbildes zu den „klassischen deutschen Tugenden“. So sprechen die Befragten den Deutschen ein Höchstmaß an „Gründlichkeit“ zu – und zwar sowohl die deutschen als auch die ausländischen Messebesucher. Ähnlich hoch fallen die Übereinstimmungen bei der Frage nach der deutschen „Zuverlässigkeit“ und dem „typisch deutschen Fleiß“ aus. Bei einigen Eigenschaften klaffen Selbst- und Fremdbild dagegen stark auseinander: Die ausländischen Befragten schätzen die Deutschen als weitaus gastfreundlicher, toleranter, freundlicher und optimistischer ein als sie sich selbst sehen."

www.iwkoeln.de

www.hannovermesse.de

Fonte: Troca de e-mails entre Rogowski, com cópia para Sílvio A. Rockenbach/BrasilAlemanha
Contato:s rogowski@sapo.pt  –  lissi@unisc.br