Médicos formados nesta época praticamente havia apenas nas cidades maiores. Entretanto, a precariedade financeira da população teuta, muitas vezes, dificultava o acesso a estes profissionais. Havia um ou outro Médico Prático e em poucas localidades começaram a surgir os primeiros farmacêuticos.
Com o aparecimento do soro antiofídico (Vital Brasil, 1900) o Instituto Butantã, de São Paulo, passou a fornecer o produto para associações de coleta de cobras. Eram as chamadas “Schlangenkassen” isto é, as Caixas de Soro antiofídico, uma espécie de associação responsável pela manutenção deste produto. Estas recebiam o soro antiofídico em troca do envio de serpentes vivas para a referida instituição.
Talvez muitos ainda lembram destas chamadas “caixa de cobras”. Até 1950 havia pessoas que aplicavam este soro antiofídico. Com isto, certamente muitas vidas puderam ser salvas, nestes confins do mundo onde pessoas picadas por estes animais peçonhentos certamente teriam sucumbido sem este recurso.
Já na década de 1950, com a suspensão do fornecimento do medicamento, muitos passaram por dificuldades, pois todo o atendimento médico precisava ser pago e estava disponível apenas nas cidades maiores.
*Ivan Seibel, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >