Desta forma, em uma das primeiras grandes publicações sobre o tema, nos foi relatado como essas pessoas tiveram um destino diferente da maioria dos imigrantes que se haviam fixado na América do Norte.
Temos que lembrar que isso aconteceu quase um século antes de 1945, quando praticamente toda a população da Pomerânia Oriental e da região de Stettin foi desalojada pelo deslocamento das fronteiras da Polônia. Há 150 anos atrás, cerca de quinze a vinte mil emigrantes, constituídos na sua maior parte de trabalhadores empobrecidos do campo, se aventuraram nessa viagem para a América do Sul.
As dificuldades na Europa realmente devem ter sido muitos grandes para essas pessoas terem seguido para um mundo desconhecido. Certamente não foi uma simples procura por aventura que deslocou essa população do campo. Aqui, os muitos confrontos fatais com indígenas hostis, as picadas cobras venenosas e as epidemias de malária nas selvas brasileiras os colocaram em circunstâncias inimagináveis.
Foram essas as aventuras vivenciadas pela primeira geração de imigrantes. Também décadas mais tarde, durante os anos das grandes guerras, seus descendentes ainda experimentaram a proibição da sua língua materna. Hoje, finalmente os pomeranos podem usufruir do seu sucesso, cultivando as suas tradições, falando a sua própria língua e vendo os netos, bisnetos e tataranetos desses pioneiros saboreando as suas conquistas.
*Ivan Seibel, Reg. Prof. Mtb 14.557, natural do Espírito Santo, é médico em Venâncio Aires, RS, escritor (“Imigrantes a duras penas”, entre outros), comentarista do programa radiofônico semanal AHAI – A Hora Alemã Intercomunitária > bl 03, colunista www.brasilalemanha.com.br e editor de Folha Pomerana Express >
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